Porque falta swing à Academia... pá.



sábado, novembro 04, 2006

a "bela" da praxe académica...

terça-feira, outubro 31, 2006

Coitada da minha avó!

Enquanto escrevo estas ruidosas e furiosas palavras a Lusa Atenas é invadida por um chorrilho de um azedo amarelo, que num intenso tremor espalha pelas ruas do conhecimento a doce pobreza daqueles que, de tão pequena alma, as portas do céu sobre eles se abrem. Construir uma Universidade para pobres de espírito é isto mesmo, é construir um Universo de uma demente loucura onde os devaneios de quem não é importuna até o mais amargo café. Que sobre todos aqueles que hoje caminham em ruas amarelas, não de ouro mas de um azedo almoço, caia a maldição de levarem uma daquelas vidas sem sentido. Que o seu futuro seja trocar a mãe pela amante mas nunca por si próprio. Que os seus filhos os reneguem num acto de profética contradição e nesse momento deixando de ser eles próprios a si se conheçam. Quanto a mim, que me deixem beber o café, adocicado por uma boa conversa, em paz. O ABSOLUTAMENTE AAC garante desde já que se sente enojada com o que hoje se passa pela cidade, enojados não pela amoral convivência, mas por um azedo almoço que até à minha avó pareceria mal.

Do Estudante.

O Estudante fode por marcação.

O Estudante não é manso, é tanso, frangalho emocional da Vida, contentíssimo na sua inquebrável rotina, dia após dia após dia, tédio maior que caminho de Santiago.
O seu deleite, único prazer, encontra sombra no Eterno Retorno, aconchego de Inferno célebre entre os canídeos, fiéis servidores da pasmaceira mecânica de uma vida de milímetros contados, de passos repetidos em segundos infinitos, e-x-a-u-s-t-i-v-a-m-e-n-t-e.

(só vai acordar no dia em que um arruaceiro qualquer, devidamente preparado para o efeito, agarrar dois ou três, daqueles que basta olhar para surgir um "Olha, o ES-TU-DANTE!" e afogá-los numa sarjeta qualquer)

O Estudante, que possui o Savoir Vivre do Cossaco que construiu a linha Trans-siberiana, puxa uma porta que diz Push e encontra-se tão profundamente enclausurado no cotão do seu umbigo que precisa que o levem pelo braço, à sexta-feira, até à linha do comboio para casa.
E depois... com o swing de uma freira em calçada de alcouce, bezoa obscenidades com autoridade de lente, coisa já não vista faz praí umas boas décadas...

...é que nem no tempo do António de Santa Comba, tal é a volta que deu.

Caminhos!

Se continuares a fazer o que tens vindo a fazer até aqui, certamente obterás o mesmo que tens vindo a obter!

O que não é...

A campanha eleitoral arrefece nestas longas e soturnas noites de Latada. Diz-se pelos becos escuros e húmidos que em vez de latada temos burlada, é a burla de quem encobre a falta de swing numa negra capa. Assim esta magna academia vê-se encurralada num desconcertante cinismo de quem não sendo quer ser, de quem não sentindo quer fazer sentir. A resposta não vem desta fuga conceptualista do deve ser mas na busca pelo que não é. O futuro desta academia não passa por aqueles que a pensam mas por aqueles que a não pensam. Não pensar a magna academia é acender o rastilho que a tornará numa obsessiva certeza daquilo que ela não é. O ABSOLUTAMENTE AAC recusa que pensem a academia ou que dela pensem alguma coisa, o ABSOLUTAMENTE AAC não pensa, quer simplesmente chafurdar nas entranhas da AAC e num último fôlego de uma desconcertante vida, acreditar que ela é tudo menos o que dela se pensa.


segunda-feira, outubro 30, 2006

de outros, sobre a Latada...

já havíamos anteriormente aqui dito que «a Latada é gay, só não quer é que se saiba...» mas atente-se ao texto «A praxe, a Latada, e o machismo anacrónico», de Elísio Estanque na sua «Boa Sociedade».

Olhando para o cartaz da Latada de 2006 da Universidade de Coimbra podemos facilmente identificar três dos principais traços que definem hoje o ambiente académico: a irreverência boémia, a violência simbólica e o machismo.

como o texto de Elísio Estanque é relativamente extenso, e não pretendemos rapinar qualquer conteúdo ou autoria, remeto-vos para a leitura integral na sua própria «Boa Sociedade».
a Academia está pejada de wannabe's!!!
eles estão nas listas [(eleitorais) de (conquista do) poder], eles andam [«muito profissionalmente»] na organização da Latada... everywhere!!
dasse!! cresçam!!! não queiram ser, sejam!!!!

a hercúlea tarefa dos caciqueiros...