Porque falta swing à Academia... pá.



terça-feira, outubro 31, 2006

Do Estudante.

O Estudante fode por marcação.

O Estudante não é manso, é tanso, frangalho emocional da Vida, contentíssimo na sua inquebrável rotina, dia após dia após dia, tédio maior que caminho de Santiago.
O seu deleite, único prazer, encontra sombra no Eterno Retorno, aconchego de Inferno célebre entre os canídeos, fiéis servidores da pasmaceira mecânica de uma vida de milímetros contados, de passos repetidos em segundos infinitos, e-x-a-u-s-t-i-v-a-m-e-n-t-e.

(só vai acordar no dia em que um arruaceiro qualquer, devidamente preparado para o efeito, agarrar dois ou três, daqueles que basta olhar para surgir um "Olha, o ES-TU-DANTE!" e afogá-los numa sarjeta qualquer)

O Estudante, que possui o Savoir Vivre do Cossaco que construiu a linha Trans-siberiana, puxa uma porta que diz Push e encontra-se tão profundamente enclausurado no cotão do seu umbigo que precisa que o levem pelo braço, à sexta-feira, até à linha do comboio para casa.
E depois... com o swing de uma freira em calçada de alcouce, bezoa obscenidades com autoridade de lente, coisa já não vista faz praí umas boas décadas...

...é que nem no tempo do António de Santa Comba, tal é a volta que deu.